Stop Day O Dia da Parada: Celebrando o Sucesso Mensal
Todo dia 31 de dezembro, há algo mágico no ar. Não importa sua posição, seja você um executivo de alto escalão ou um profissional de suporte, nesse dia, todos compartilham algo em comum: celebração! É o momento em que todos nós fazemos uma pausa para refletir sobre o ano que passou e traçar metas espetaculares para o próximo. Isso é maravilhoso, mas por que não fazemos algo parecido todos os meses?
Se você não adota esse hábito mensal, provavelmente está à frente de uma pequena empresa. Os presidentes de grandes corporações já incorporaram essa prática em suas vidas. A cada mês, eles tiram um tempo para avaliar o desempenho do mês anterior e apresentam relatórios aos conselhos de administração. Se as metas não foram alcançadas, recebem orientações para ajustar o rumo. Se superam as expectativas, celebram com entusiasmo.
Agora, qual é a diferença entre um proprietário de pequena empresa e um presidente de uma grande corporação que faz com que o primeiro não adote esse costume? A resposta é simples: o proprietário de uma pequena empresa é o dono absoluto e, como tal, não precisa prestar contas a ninguém sobre suas ações. Enquanto os presidentes das grandes empresas têm essa obrigação. Essa diferença fundamental molda a maneira como pensam e agem. Vamos analisar essas mentalidades distintas.
Considere a distribuição de lucros, por exemplo. Tudo começa com a mentalidade de cada um. O presidente sabe que sua principal responsabilidade, a partir da qual todas as outras se derivam, é criar e manter uma operação lucrativa. Não é apenas um desejo, é uma necessidade inquestionável. Sem lucro, não há como recompensar os investidores (os acionistas) e fazer o dinheiro fluir de volta para eles. Portanto, o presidente precisa correr riscos, inovar, adotar as melhores práticas de gestão e construir uma equipe de vendas de alto desempenho. Por outro lado, o proprietário de uma pequena empresa está focado no fluxo de caixa. Se houver dinheiro, ele paga as contas, sustenta sua família e cuida das despesas pessoais. Ele não tem a obrigação de prestar contas a ninguém, pois todo o dinheiro da empresa é dele. Como resultado, ao longo do tempo, ele e sua família consomem todo o capital de giro e de reserva que poderia ser reinvestido no negócio. O resultado é que a empresa se enfraquece e desaparece, em vez de prosperar continuamente. Observe que a raiz do problema está na mentalidade de cada um. Enquanto o proprietário adota a mentalidade de um trabalhador (gasta o que ganha), o presidente mantém a mentalidade de um capitalista (o dinheiro deve retornar para o investidor). Portanto, ele para um dia por mês, conhecido como o “Dia da Parada,” para avaliar os lucros, preparar relatórios e apresentar resultados ao conselho de administração. O proprietário, por outro lado, continua trabalhando incessantemente para garantir o salário no final do mês. Esse comportamento é claramente equivocado. Então, por que isso ocorre?
A resposta é simples: o proprietário de uma micro ou pequena empresa muitas vezes não compreende o princípio fundamental de que todo negócio voltado para o lucro tem o capital como seu núcleo, não o trabalho. Ele negligencia o conceito de capital em seu pensamento e enfatiza a importância do trabalho. Como resultado, calcular o lucro e fazer uma pausa mensal para avaliar o desempenho de suas operações não faz sentido para ele.
Aqui surge outra questão: por que muitos empresários não têm consciência do papel do capital? A resposta é simples de entender: o Brasil é um país com características capitalistas na forma, mas socialistas no conteúdo. Isso é evidente em diversos aspectos. Quem é o maior comprador de livros no país? O governo. Quem é o maior anunciante? O governo. Quem é o maior contratante de obras? O governo. Os maiores bancos? Também pertencem ao governo. Vivemos em um ambiente de segurança empresarial através de licitações públicas em larga escala. Em países verdadeiramente capitalistas, o ambiente empresarial é impulsionado por investimentos privados, inovação e capital de risco.
Agora, imagine se invertêssemos os papéis: colocássemos o proprietário de uma pequena empresa como presidente de uma grande corporação, responsável por prestar contas a um conselho de administração, e o presidente de uma grande empresa como líder de uma pequena empresa. É provável que os comportamentos mudassem substancialmente. O proprietário passaria a adotar seu próprio “Dia da Parada” por força da obrigatoriedade, e o presidente tocaria o negócio sem essa interrupção.
Por que tenho tanta certeza disso? Porque já testamos essa troca de papéis em dezenas de empresas. Talvez essa seja a única maneira de introduzir uma verdadeira mentalidade capitalista e obter resultados excepcionais em um país com raízes socialistas.
Neste 31 de dezembro, desafie o status quo. Pense grande. Estabeleça um conselho de administração para a sua empresa e incorpore a prática dos ‘Dias da Parada’ ao longo do ano. Tenha 12 oportunidades de avaliar e celebrar o sucesso. Desejo a todos um próspero Ano Novo!”