Estoque: quando o capital vira parede
Estoque parado = lucro preso.
A cena (você já viveu)
Quinta, 19h08. Vendas boas, caminhão chegando, depósito cheio… e o caixa não respira.
O dinheiro que deveria financiar o mês está emparedado em lote grande, item lento, diferença de inventário. O dono faz conta, olha o DRE, suspira: mais um mês de pé — mas sem sair do lugar.
A verdade incômoda: não é “estoque”, é capital. E capital, parado, perde valor.
Onde a régua vira (o que priorizar e por quê)
1) Rotina de queima (decidir o que sai primeiro)
O que precisa existir: um ritual que escolhe, todo mês, quais itens lentos/obsoletos saem da prateleira antes de virar perda.
Por que isso muda o caixa: porque lucro preso não paga boleto; queimar com critério devolve dinheiro e limpa a vitrine para o que gira.
2) PEPS — Primeiro que Entra, Primeiro que Sai (respeitar o tempo)
O que precisa valer: a fila natural de saída — o lote mais antigo sai primeiro.
Por que isso muda o caixa: reduz vencimento/obsolescência, evita remarcações traumáticas e protege a margem que você já conquistou.
3) Curadoria (confiar no número)
O que tem que estar na mesa: coerência entre sistema e prateleira.
Por que isso muda o caixa: decisão ruim nasce de dado errado; sem curadoria, você compra mal, vende mal e queima errado — tudo ao mesmo tempo.
4) Meta de turnover realista (giro que paga a conta)
O que precisa ser acordado: um giro por família/SKU que conversa com demanda e prazo de reposição, não com desejo de prateleira cheia.
Por que isso muda o caixa: giro certo = fôlego; meta irreal aprisiona capital, meta certa libera dinheiro e disciplina compras e vendas.
Em língua de caixa: queimar o que não volta, escoar pelo mais antigo, confiar no número e girar na cadência que paga a conta.
Uma história curta (de virada real)
A equipe da Ana “aproveitou preço” e inflou o estoque. Dois ciclos depois, a margem começou a escorrer em remarcação e frete extra; o financeiro passou a negociar prazo todo fim de mês.
Quando a Ana trouxe a pauta para a régua acima, a conversa mudou: queima orientada, PEPS respeitado, curadoria vigiada e giro possível por família. O depósito ficou menor e mais inteligente — e o caixa voltou a respirar. Sem milagre. Com prioridade e motivo.
Frase para colar na parede
‘Se não gira, não entra.
Se não sobra, não é venda — é financiamento do cliente.
Se o número não é confiável, a decisão não é.’
Vamos conversar primeiro?
Sem planilhão, sem enviar dados no primeiro passo.
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